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Itaú entra com nova ação milionária contra ex-CFO e contador
DATA: 28/03/2025
O Itaú Unibanco entrou com mais uma ação judicial contra o ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel e o contador Eliseu Martins, exigindo o ressarcimento de R$ 6,6 milhões. Segundo a instituição, os valores referem-se ao pagamento de pareceres contábeis que nunca teriam sido entregues, configurando uma nova etapa no litígio envolvendo os dois ex-colaboradores, já que o banco já havia movido uma ação em janeiro pedindo o ressarcimento de R$ 3,350 milhões que teriam sido repassados ilegalmente de Martins para Broedel.
De acordo com a petição, Broedel contratou 40 pareceres enquanto ocupava o cargo de CFO do banco, dos quais apenas 18 foram comprovadamente localizados. Dos mais de 20 não localizados, o contador assumiu não ter feito quatro e teria se comprometido a devolver R$ 1,5 milhão — valor que, segundo o banco, ainda não foi restituído.
Contador teria prestado supostos serviços de “consultoria especial”
Sobre os pareceres restantes, o Itaú afirma que Martins alega que os serviços contratados não eram exatamente pareceres contábeis, mas “serviços de consultoria toda especial”. O banco contestou essa justificativa, afirmando que os documentos enviados como prova não passam de materiais genéricos, internos ao banco ou sem valor técnico condizente com os pagamentos efetuados.
Segundo o banco, os trabalhos de consultoria técnica normalmente contratados são executados com a prévia definição do tema e do escopo que será estudado e analisado e sempre com o envolvimento das equipes cuja função está afeita a tais temas
O banco ainda sustenta que existia um suposto esquema entre os envolvidos: Broedel autorizaria os pagamentos ao contador e, em troca, receberia 40% dos valores transferidos. Em um dos episódios citados, um parecer sobre o tratamento contábil dos juros sobre capital próprio teria sido redigido, na verdade, pelo próprio Broedel, com revisão posterior de Martins, o que indicaria a fabricação do documento para justificar o contrato.
Eliseu Martins, referência na área contábil, classificou o processo como um ataque injusto e afirmou que todos os serviços prestados estavam sob conhecimento do banco. Ele também declarou que aguarda resposta do Itaú desde novembro de 2024 para devolver parte dos valores acordados.
Já Broedel, em nota, reafirmou que os serviços de Martins eram de conhecimento das áreas internas do banco e foram contratados anteriormente à sua entrada na diretoria executiva. Ele questiona o timing das acusações, que ocorreram após sua saída para uma posição global em uma instituição concorrente.
Com esta nova ação, o caso soma três processos judiciais entre o Itaú, o ex-CFO e o contador. A disputa levanta questões sobre governança, fiscalização interna e responsabilidades contratuais no âmbito da contabilidade corporativa.
Fonte: Valor Econômico

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